Tecnologia e Espiritualidade: 02/11/14

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014





O FAZENDEIRO E O ESPANTALHO


Num campo distante e isolado, um fazendeiro solitário , velho,rabugento, enraivecido com os animais silvestres da fazenda  não conseguia vencer de correr até sua plantação para espantar as aves e outros animais que estavam devorando parte de sua plantação. Alguns destes animais eram tão frequentes que ele o xingava com um nome que ele o batizara devido seus trejeitos engraçados.
 Então ele resolveu fazer um espantalho horroroso e colocou no centro das plantações bem no alto. Passou-se alguns dias o velho fazendeiro percebeu que todos os animais aos poucos estavam sumindo. Passou-se algumas semanas o fazendeiro acordou sobressalto e correu até onde estava o espantalho, coçou a cabeça sob o chapéu de palha.
- Diacho. Onde foram parar todo mundo?
Foi para a casa triste e não conseguiu nem comer de aflição. Estava acostumado a xingar os animais e mesmo sem perceber eles lhe faziam companhia. Então foi com o machado e arrancou o espantalho da plantação.
Ficou esperando para ver o primeiro animalzinho que chegasse e de felicidade saia com os braços abertos para saldar o visitante tão ansiosamente esperado. Mas cada bicho que chegava  fugia assustado com medo do fazendeiro.
Sem discernimento do que estava acontecendo, o velho fazendeiro ficou apreensivo aguardando chegar o próximo animalzinho visitante, que não demorou muito. Saiu de novo de abraços abertos de saudades e felicidades e com isso assustando-os  novamente. E foi repetindo dias, semanas e mês e todos os animais fugiam da fazenda com medo do novo espantalho, o velho fazendeiro. Ficou sem compreender, muito desolado e triste. 

Precisamos compreender que devemos nos preocupar com os outros no sentido de não sermos evasivos e egocêntricos. Cada um tem liberdade de expor suas ideias e experimentá-las na prática. Desde que coerente, por isso a necessidade de uma supervisão para análise de causa, expondo o projeto e apurando todos os  mecanismos que compõem o conjunto. Ocasionalmente precisamos antes de argumentar uma iniciativa, procurar verificar a viabilidade em todos os parâmetros. O trabalho em grupo exige otimismo sem exacerbação, competência sem pretenciosismo ou egocentrismo, respeito mútuo e atribuição de delegação conforme especialidade individual. Pesquisar é fundamental e o debate é fundamental para exercitar o poder criativo e cognitivo.
O desespero, fugacidade, ansiosidade, impaciência, pessimismo, orgulho, o exagero das perspectivas, não ajudam no alcance da eficiência e consequentemente do sucesso em nada na vida. Nem nos empreendimentos e nem com o relacionamento com as pessoas.

Precisamos às vezes baixar os braços para não sermos confundido com espantalhos.