Tecnologia e Espiritualidade: 08/16/14

sábado, 16 de agosto de 2014


O ORGULHO

          É um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Em Português a palavra Orgulho pode ser vista tanto como uma atitude positiva como negativa dependendo das circunstâncias. Assim, o termo "pode" ser empregado de maneira errada tanto como sinônimo de soberba e arrogância quanto para indicar dignidade ou brio.

Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Ele deve existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, sendo visto apenas então como uma emoção negativa: a Arrogância.

Outras pessoas classificam o orgulho como exagerado quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.


Na Bíblía existe algumas citações sobre o orgulho em Provérbios 16:18 “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.”
A humildade produz honra. Também cita em Provérbios 29:23 “A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.”
Deus adverte sobre os orgulhosos. Cita em 1 Pedro 5:5-6 “Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.”
O orgulhoso se isola de Deus e das pessoas. A Bíblia diz em Lucas 18:14 “us e Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”
A humildade se assemelha a uma criança alegre e bondosa, como um anjo do céu. A Bíblia cita em Mateus 18:4 “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.”
Os orgulhosos serão humilhados. Em  Mateus 23:12 “Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.”
Para os orgulhosos, a lei da ação e reação, com certeza lhe trará muita discórdia, repulsa, críticas das pessoas que convivem, pois sempre há abusos e humilhações. Em 1 Coríntios 10:12 “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.”
Em O evangelho segundo o espiritismo, capítulo VII, Kardec observa que o orgulho é um ato de revolta contra Deus. Como um dos problemas que acometem nossa visão – falamos de cegueira e miopia –, no mesmo capítulo está escrito que “o orgulho é a catarata que tolda a visão. De que vale apresentar a luz a um cego? Necessário é que, antes, se lhe destrua a causa do mal. Daí vem que, médico hábil, Deus primeiramente corrige o orgulho”. 

O que é um fato, pois decorrente do probleminha de visão, é que desde que “o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o lisonjeia”, ele também não lhe permite observar a falsidade e a hipocrisia, alegrando-se com a lisonja e os falsos elogios. 

“O orgulho é o terrível adversário da humildade.” “O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males.” “O orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.” São outras afirmações pertencentes às Obras de Kardec sobre o mesmo tema, que nos deveriam deixar de sobreaviso perante suas investidas. 

E até o momento ainda não eu nada escrevi sobre as ciladas que o orgulho reserva especificamente aos médiuns. O livro dos médiuns inclui os médiuns orgulhosos entre os médiuns imperfeitos (item 196), definindo-os como aqueles que “se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem frequentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas”. Como variedade desses, considera os médiuns suscetíveis: aqueles que “suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam-se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar”. 

Por outro lado, para que as palavras dos espíritos superiores chegue até nós isenta de qualquer alteração, são condições necessárias querer o bem e repelir o orgulho e o egoísmo (item 226). O médium orgulhoso, portanto, dificilmente poderá ser um intermediário confiável de instruções espirituais aos encarnados.