Tecnologia e Espiritualidade: 2013

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013





BORBOLETAS 
Quando elas desaparecem de um trecho qualquer da mata, é sinal de que alguma coisa muito grave está acontecendo com aquele ecossistema. Mas os homens ainda não aprenderam a ouvir esses alarmes.

            Manhã de verão ensolarado e verdejante! Acordar cedo e tomar o café da manhã, num dia de verão e o sol prometendo o dia quente e o mar calmo  parecendo um grande espelho refletindo o céu claro e azul. O sol refletido chega ofuscar a visão. Lá fora, as borboletas pequenas e amarelas estão estranhas e ao mesmo tempo fascinantes,  como crianças brincando no redemoinho da brisa.
            Certa vez foi perguntado para uma médium espírita se tais fatos da natureza pudessem acontecer. Este disse que talvez as entidades tivessem permitido para um aprendizado.
            - Mãe, engraçado,..., as borboletas estão revoando num redemoinho lá fora, como se tivessem brincando - estava na cozinha olhando para o quintal e minha mãe preparando o café.
            - Não sei se é impressão minha, mas toda vez que as vejo bate o sino da igreja anunciando algum velório – continuei.
            - Para com essas bobagens, isto não existe! - respondeu ela um pouco aflita.
O período que fiquei na casa de minha mãe, aconteceu três sepultamentos no cemitério, anunciados pelo sino da igreja e todas aconteciam à tarde e as borboletas eram vistas pela manhã de forma bastante relevante e comportamentos estranhos, como pronunciando uma vida indo para outro lado.
Fiquei bastante intrigado e refletindo na calçada de frente da igreja, muita antiga, erguida na época da colonização com pedra e argamassa com cal, conchas marinhas, óleo de baleia. No último degrau da escada avistei uma borboleta subindo em ziguezague desde o primeiro dos quarenta e dois degraus, passando por mim e saindo na tangente, misteriosamente. Sorri perplexo e fiquei sem graça. Pensei. Se ela retornar novamente e fizer o mesmo trajeto. Aí sim eu saberei que não é coincidência  que tem algo não natural.
Lá estava ela novamente, no pé dos degraus ziguezagueando, voando sobre as escadas, degrau por degrau, quando depois dos três primeiros ziguezagues; eu levantei sem acreditar no que estava vendo. 
Existe dois motivos possíveis  para explicar o fato. A primeira era que havia premeditado, adivinhado o que iria acontecer. A segunda que é  que alguém invisível me mostrando como era processado os acontecimentos na relação plano físico e astral.
Esta inter-relação prosseguiu por mais outros episódios, em tempos e épocas  intercaladas, mas mesmo assim, a ideia preconceituada da coincidência fala mais alto. 
           Tudo acontece por acaso, mas quando se tem uma sensação que esta sendo acompanhado lhe surpreende, principalmente quando esta sozinho e ao lado uma borboleta azul cintilante calmamente, sobre a estrada de chão , voando na mesma direção. Refletindo sobre os últimos acontecimentos, esquecia  que estava supostamente acompanhado pela Lepidoptera indigo e a caminhada pela faixa prossegue seu rumo com final na área de convivência, uma barraca de lona com alguns assentos. Quando começo a fazer as anotações, a borboleta cruza a barraca silenciosamente e segue embora pela mata.
           Passado algumas semanas minha futura esposa, depois do almoço me surpreende com uma tatuagem que fez no lado esquerdo atrás nas costas de uma borboleta, que copiou de uma outra empanada num quadro. Quando me mostrou o quadro que inspirou o surpreendente tatoo, havia três borboleta colocada em coluna, onde à do meio era uma borboleta azul cintilante. Conclui que esta borboleta pela cor se referia à uma pessoa específica que eu ainda não identifiquei.
Outro fato que intercorreu aconteceu muito tempos depois assim:
Estava voltando sozinho pela manhã de uma longa viagem do interior de Minas, conduzindo um veículo de passeio, via dupla na Rodovia Fernão Dias, quando ao passar ao lado de um comboio de carretas, um caminhoneiro  imprudente me cortou bruscamente lançando a enorme carreta sobre meu veículo. Esquivei e fiquei espremido entre este e o guard rail, até que o motorista percebeu subitamente que havia um veículo ao lado e retornou à sua via de origem. A avalanche da  adrenalina do susto me golpeou como um soco no peito esquerdo. Mudei para a via do acostamento e ainda tremendo reduzi a velocidade e  comecei a pensar. Por que não tive nenhuma premonição como os da borboleta azul cintilante daquela menina ( outro episódio não comentado). E se tivesse, que cor seria minha borboleta?
De repente, inacreditavelmente, uma mariposa cinza enorme colidiu no para-brisa no meu lado, borrando todo o vidro que mesmo esguichando água não consegui limpar. Parei o carro, fui até a frente olhar o para-brisa todo sujo. Lavei com a garrafa de dois litros que sempre levo gelada para jogar no rosto, caso eu tenha sono durante a viagem. Quase ainda  não deu para limpar.  A mariposa era gigante, do tamanho da palma da mão. 
Infelizmente não fiz nenhum registro fotográfico.

Somos incrédulos de tudo que fuja dos padrões naturalmente físicos. A menção deste fato para outros ouvintes caracterizaria besteiras e invenções de um contador de estórias.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec.  Ação dos Espíritos nos fenômenos da natureza, itens 536­b e 538


(...) sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a  matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos:  se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os 
elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?  “Mas, evidentemente. Nem poderia ser de outro modo.  Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra  agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos.”  Formam categoria especial no mundo espírita os 
Espíritos que presidem os fenômenos da Natureza? Serão seres 
à parte, ou Espíritos que foram encarnados como nós?  “Que foram ou que o serão”. 

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Extraido pg 47 - ARUANDA - psicografada por Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio.

...Você pensou que tudo isso não  passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias  consideradas  como  folclore  apenas  encobertam  uma realidade  do  mundo  astral,  com  maior  ou  menor  grau  de  fidelidade.  É  que  os  homens  ainda  não  estão  preparados  para  conhecer  ou  confrontar determinadas questões.  — E as fadas? Quando encarnado, vi uma reportagem a respeito de fotografias tiradas na  Escócia, que mostravam várias fadas. O que me diz a respeito?  — Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e  ar. Note- se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se  apresentam  com  asas.  Pequenas  e  ágeis,  irradiam  luz  branca  e,  em  virtude  de  sua  extrema  delicadeza,  realizam  tarefas  minuciosas  junto  à  natureza.  Seu  trabalho  também  compreende  a interferência  direta  na  cor  e  nos  matizes  de  tudo  quanto  existe  no  planeta  Terra.  Como  tarefa  espiritual,  adoram  auxiliar  na  limpeza  de  ambientes  de  instituições  religiosas,  templos  e  casas  espíritas.  Especializaram­se  em  emitir  determinada  substância  capaz  de  manter  por  tempo 
indeterminado  as  formas  mentais  de  ordem  superior.  Do  mesmo  modo,  auxiliam  os  espíritos  superiores na elaboração de ambientes extrafísicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda,  quando  espíritos  perversos são resgatados  de seus  antros  e  bases sombrias, são  as fadas, sob  a            supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor...


terça-feira, 26 de novembro de 2013



 CRIANÇAS EMBRUXADAS

       É difícil depararmos com situações terrificantes, mas o inesperado acontece. Situações que parecem cenas de filmes de terror ou de pesadelo, ou uma conjunção leva outra. É..., você vê um filme de terror e tem um pesadelo. Mas se você vê uma cena real de terror, tal ponto em ponderar que, será que os filmes de terror foram baseados em fatos verídicos? Bruxas existem? Vivem entre nós? Podemos reconhecê-las? Existem alguma mandinga para os identificar? Ou será que poderemos ser um bruxo, ou uma bruxa, sem darmos conta disso?

       Manhã de segunda feira, dia depois de um final de semana, um marasmo e muito cansaço . Perto do horário de almoço, vilarejo tranqüilo, recanto catarinense, muita tranquilidade. Uma moça jovem  com um embrulho de lençol entre os braços, parecia muito perturbada e desesperada. Olhava meio esquiva e falando muito baixo e desesperançosa, balançando o embrulho esfarrapado,como que algo dentro quisesse chorar.

          - O farmacêutico está? Preciso falar com ele.Queria que olhasse minha filha, ela está muito doente, os médicos não sabem o que é... dão remédio, internam, toma soro e não fica boa... não sei o que fazer...

           O farmacêutico escuta lá dos fundos e manda a moça entrar imediatamente. A criança está muito magra, cadavérica, sua pélvica estava saliente, as costelas e o rosto só pele e osso. Ela quase mal respira e sua boca aberta e olhos esbugalhados. O farmacêutico examina  embaixo das axilas lado esquerdo, balançou a cabeça como sinal afirmativo, já diagnosticando como que antevera o problema.

         - Sua filha tem três picaduras de insetos formando um triângulo nas axilas. Ela está embruxada - diagnosticou o farmacêutico e em seguida escreve uma  receita.
         - Não adianta eu administrar medicamentos que não vai resolver. Estou impressionado dela estar com vida. A senhora vai até este endereço e passe a criança numa benzedeira...
         - Não posso levar na benzedeira, meu marido é religioso, não admitiria eu consultar bruxarias - retrucou a moça.
         - Mas o caso é bruxaria. Alguém de sua família está sugando as energias dessa criança. Não existe medicamento para isso. O que é mais importante além da vida de sua filha???

           A moça saiu cabisbaixa, desamparada e confusa. Recolheu o bilhete e foi-se.
         Passou-se meses e diante do estabelecimento estava a mesma moça com a criança envolta de um lençol com a criança restabelecida e  mais corada. Ela entrou, sentou na cadeira e muito agradecida começou a contar o feito.
        - Levei minha filha com uma amiga até o morro do endereço. A benzedeira começou a fazer umas preces sobre a cabeça de minha filha. Depois pediu para que colocasse um rosário embaixo do travesseiro sob a cabeça onde minha menina dormia. Que eu abrisse a janela para entrar a claridade da lua e rezasse uma Ave-Maria e Pai Nosso; várias vezes, enquanto socasse o pilão com as roupinhas da criança...
       - Então aconteceu o inesperado... minha sogra... entrou como uma louca pedindo pelo amor de Deus, parasse de bater o pilão que sua cabeça doía, que parecia que ia explodir... então a partir disso a minha criança melhorou e começou a alimentar-se  melhor.

       O farmacêutico explicou que durante a noite a bruxa se transformava em um inseto ou outro animal e ia até o berçário sugar o sangue da pequena e indefesa vítima. A sua sogra alimentava um ódio incontrolável porque seu filho, pescador, antes de casar cuidava da mãe viúva e com o nascimento da filha, ficou completamente incumbido de sustentar a nova família, ficando sua mãe desamparada. Inconscientemente, por ser descendente de uma maldição de seus antepassados europeus, que exerciam magia negra, a mãe viúva começou lançar sua energia vingativa.
...
         Todos somos dotados de energia transcendental , como um dínamo gerador de uma sútil energia. Devemos ter muito cuidado com que pensamos e paciência com as vicissitudes da vida. O pensamento consciente ou inconsciente é a energia vital e essencial  que transforma  o mundo para o bem, ou para o mal. O universo é igual para todos, mas os caminhos são infinitos.

Sabe, meus filhos, a compreensão do ser humano e da realidade que cria em torno de si é rica e elaborada, inclusive no que se refere às questões mais simples do seu cotidiano. Imagine quando levamos em conta seus dilemas e os conceitos esdrúxulos que advém de experiências dramáticas, vivenciadas nos dois planos de existência.
— Sendo assim, no que concerne à fase fetichista e sobre esse estágio de aprendizado, é possível notar que os espíritos consorciados aos magos negros, já naquela época (Atlântida, Lemúria, Babilônia e Caldéia) bastante distante do conhecimento iniciático, efetivamente introduziram sacrifícios humanos e de animais em suas práticas. Visavam não apenas à condensação da força mental, mas também formavam campos magnéticos de baixíssima frequência, desprezando por completo o ensino espiritual. Davam início à magia negra mais primitiva e vulgar, que descambaria de vez, mais tarde, na chamada feitiçaria. Nesse conluio com as entidades das trevas, homens e espíritos desavisados se transformaram em instrumentos das forças do abismo. É um período que, cronologicamente, encontra seu ápice na Idade Média; felizmente, logo depois, é suplantado por idéias mais humanas e sadias, muito embora os efeitos de conchavos do gênero ainda perdurem nos dias atuais, em processos obsessivos gravíssimos.
Legião - Um olhar sobre o reino das sombras
página 331
Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio
Editora Casa dos Espíritos



                 Entre os séculos XV e XVIII a Europa (e também algumas colônias na América) testemunhou uma série de atos punitivos de cunho religioso que ficaram conhecidos “caça às bruxas” do início do período moderno. Trata-se de ondas regulares de perseguições motivadas pela crença geral do povo, que entendia ser necessário localizar e punir bruxas que praticavam ou supostamente praticavam rituais exotéricos. A estimativa é de 40 mil a 100 mil execuções por atos de bruxaria nestes quatro séculos.


               Muitas colonizações no Brasil, principalmente na região do sul do país, descenderam desses povos que hoje trazem consigo esse carma inconsciente. Para erradicar este problema contam com a ajuda voluntária de trabalhadores da seara do plano espiritual.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


AMIGOS IMAGINÁRIOS



Durante o almoço, rotineiramente no meio da semana, entre uma garfada e outra...
- Bianca, se lembra que você falava dos seus amiguinhos imaginários?! Cadê eles?!
- Eles estão lá no lugar deles!
- Mas onde?!
- Estão na porta.
- Mas como eles ficam lá se é muito estreito, não cabem todos. Nem mesmo um.
- Mas eles moram lá, saem de lá e vão para lá.
- Ó eles chegaram agora aqui aí!! - apontando logo atrás de mim, um pouco mais ao alto.
Nisto a mãe arregalou os olhos, um pouco amedrontada e retrucou:
 - Para com isso Paulo, que eu não gosto nada dessa conversa!!
            Continuei a perguntar:
- Mas como eles são, não os vejo!
- Eles quando estão um pouco longe – apontando para a parede atrás de mim um pouco mais alto na meia altura entre o teto e a pia
 - Eles são cinza, quando estão aqui perto são coloridos, quer dizer, um pouco da cor nossa, só que um pouco mais clara, meio invisível, dá para enxergar bem, mas que um pouquinho clarinho...  Entende?!
- Ah sei - respondi como que entendi.
- Mas eles fazem o quê?! Eles falam com você, brincam também?
- Não - respondeu um pouco com desdém e mastigando a comida e engolindo em seguida para responder.
– Eles só ficam olhando, não fazem nada. Só riem às vezes e depois vão embora para as mães deles.
Depois de uma breve pausa a mãe retoma com uma pergunta súbita e inesperada:
 - E quando vai tomar banho eles vão junto?
- Naãoo!!- franzindo a pestana com ar de reprovação.
– Eles não me acompanham. Ficam aqui embaixo.
O banheiro fica no andar acima da cozinha, que fica no térreo.
- São milhões... – disse Bianca quebrando a breve pausa da conversa.
Nisto que ela disse, pensei logo. Está viajando na maionese. É tudo imaginação dela; coisa de criança.
 – São milhões aqui?
- Nãããoo, são em todos os lugaaaress!!! – respondeu com tom médio e ar de deboche elevando as mãos para cima, como se eu fosse um tremendo ignorante.
 A mãe a repreendeu.
 – Coma logo Bianca, que está quase de ir para escola!
Pausa e silêncio durante um intervalo de tempo enquanto almoçavam .
- Ééh Bianca, logo seus amigos vão ficar sem casa, porque a cachorrinha está comendo aos poucos toda a porta... - observou Paulo.
- Não tem importância pai, eles já estão se mudando lá para a parede do meu quarto!!




quinta-feira, 14 de novembro de 2013





ZONA SOMBRIA PSÍQUICA - PESADELO

                     A noção do tempo não era perceptiva e a interiorização mental muito profunda perdida num labirinto de desconforto, perturbação e confusão mental. Frases de auto acusação martelavam exaustivamente dentro de sua cabeça, blasfêmias, cólera e dor de perda. Lançava o olhar distante com medo, em busca de alguma imagem ao fundo no limbo tétrico e quando alcançava um vulto no escuro se contraia e escondia num buraco interior profundo de um labirinto sinistro. Sua figura assemelhasse a nenhuma criatura descritível, arrastava-se pelo chão seco e árido, procurando algum vestígio de luz neste refúgio tênubre.
                     Em alguns poucos momentos conseguia repouso neste inferno, num sono profundo sem sonhos e nem lembranças; acordava abruptamente poucos segundos por vultos densos em formas de núvens carregadas negativamente, que sussurravam ofensas e causavam depressão profunda intima. Tentava sem êxito sair do lugar desesperadamente, mas estava paralisado pelo medo e num esforço sobrenatural cerrava os olhos num intuito de fugir dali até que o pavor tornava-se insuportável e instintivamente mentalizava para transportar bem próximo do objeto de pavor e automaticamente uma força repulsiva o transportava para bem longe lançando ao chão e assim o tranqüilizava num suspiro profundo e prolongado.
                     Passavam-se muito tempo e a dor, desesperos e depressões surgiam e intensificam em períodos e freqüências variáveis inconstantes, até que poucos resquícios de forças ainda jaziam, até mesmo para abrir os olhos remelejantes em busca de vozes carinhosas e calmantes que estendiam as mãos calentosas em sua direção.                    
                     - Oi meu amigo. Chegou sua hora!  - Uma voz suave de uma imagem vindo de uma abertura no ar, portal de uma outro mundo menos denso.
                     Uma energia me sugou de forma repentina antes de eu murmurar qualquer menção e logo de súbito senti uma sensação de ar purificado e consegui inflar sem dificuldade os pulmões, se é que ainda possuía.
Entrou num sono profundo e periodicamente acordava em lugares diferentes com pessoas que nada diziam, apenas trabalhavam nele, manipulando com gestos como que tivessem consertando e fazendo reparos psíquicos em todo envoltório do corpo.
Sem perceber já se passaram um bom tempo e se encontrava em estudos avançados tanto no universo físico como no fisiológico e espiritual. 
Todas as sensações eram de paz e tranqüilidades e lembranças eram removidas como expurgo e novas matizes eram adicionados no campo envoltório. Ficou uma neutralidade, como um véu de esquecimento, mesmo quando se forçava para tentar relembrá-la.
Despertou neste momento num lugar dentro de uma floresta de águas cristalinas e barulhos de aves e animais com muito verde e ar puro. A luz refletia por todas as plantas e todas as coisas. Deixaram-no sozinho para refletir e ele reconheceu o ambiente que seria seu lar. Sentia o mundo ao seu redor e podia se expandir em todos os lugares ou permanecer num ponto qualquer. Então se expandiu até o seu limite para saber extensão do todo e de súbito, como retaliação de ultrapassar seus limites, ficou limitado a se transpor a curta distância. Prometeu a si de não abusar.
Findado o dia vieram a lhe acolher e pressentiram que algo havia mudado e mas o paciente continuava a não questionar nada. Nem uma pergunta o havia proferido. Aguardava resignadamente os próximos acontecimentos.Então o deixaram consciente em seus aposentos e ele pediu por recursos para pesquisas e estudos científicos que prontamente como que onisciente foi atendido.Mas aconselharam que não prolongasse muito que no dia seguinte teria muita atividades de campo.
Existe a expressão popular de que água em pedra dura tanto bate até que fura, pois então, a experiência de ciência de eletrólise com o aço verifica-se que nesta questão, não precisa da dinâmica de impacto para que houvesse degradação desse metal tão útil e resistente. Bastam cinco volts e uma solução de água e sal, em questão de 24 horas o aço lado anódico se desintegra totalmente de forma estática do conjunto dos componentes da experiência. O ser humano também é um dínamo, se duvida basta colocar o voltímetro em várias partes do corpo e perceberá diferença de potencial que gira na média de 3,5 volts em diferentes partes do corpo, sendo mais intenso nas regiões da fonte da cabeça e sobre o coração. Um distúrbio elétrico gera uma catastrófica alteração em todo o sistema e sempre com seqüelas trágicas. A sutileza dessas mazelas é o quadro clínico interessante, porque o paciente não faz a mínima idéia disto e trata o problema pelos sintomas e bastaria apenas regular a entrada e a saída do fluxo energético, ou genésico,  como nos complexos circuitos eletrônicos.vemos a dificuldae de compreender isso sem uma aplicação prática deste efeito.Muitas vezes deparamos com situações que no descontrolam e nos deixam tensos. Procure interiorizar e procurar onde a perturbação está centralizada no corpo e perceberá que quase sempre se localiza numa região da cabeça e se tentar dimensioná-la perceberá que tem proporções maior que sua cabeça e de difícil controle.
                                    A FALTA DE FÉ 
E, quando eles se reuniram ao povo, um homem aproximou-se deles e prostrou-se diante de Jesus,
dizendo: Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora na água...
Já o apresentei a teus discípulos, mas eles não o puderam curar.
Respondeu Jesus: Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando hei de aturar-vos? Trazei-mo.
Jesus ameaçou o demônio e este saiu do menino, que ficou curado na mesma hora.
Então os discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós expulsar este demônio?
Jesus respondeu-lhes: Por causa de vossa falta de fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível.
Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum.

Mateus 17:14-21
Nossos demônios poderiam nem existir se tivéssemos todos os mesmos fins elevados. Criamos sombras  porque não sabemos lidar com os nossos sentimentos e tendencias, mas para isso dependemos de desprender de coisas que não nos levarão a lugar algum, das afinidades egoístas e ambiciosas da matéria.






Texto de uma fábula adaptado

O pulo do gato

A onça pretendia comer  o gato-do-mato.  Mas não tinha na história fato desta façanha por nenhum predador que fosse tão veloz e tão astuto quanto o gato. Então a onça teve a idéia de convidá-la para que fosse seu docente e assim que aprendesse toda sua técnica do pulo, seria capaz de poder superá-lo e assim comê-lo com facilidade.                  
Estava o gato tranqüilo na floresta apreciando a paisagem quando deu um pulo para o alto, surpreendido pela onça que logo rapidamente começou a falar, antes que o sobressaltado interpelado sumisse de vista como relâmpago.
- Calma compadre Gato, estou querendo te fazer uma proposta irrecusável. Queria ser, com muito orgulho, seu aluno na arte de pular. O senhor é o rei do pulo, seria honrado se o senhor me aceitasse e me ensinasse às técnicas da arte de saltar.
O gato desconfiado, mas diante de tanto lisonjeio ficou sem graça de não aceitar esta incumbência tão inusitada.
- Tudo bem então. – disse o gato.
 – Começamos amanhã. Esteja pronta então.
A onça foi embora toda satisfeita e ansiosa para dar prosseguimento ao seu plano diabólico de aproveitar o máximo do aprendizado para fins gustativos. 
No dia seguinte começou a lição. O gato começou ensinando os pulos básicos durante as primeiras semanas. Nas semanas seguintes prosseguiu com as intermediárias, que seriam os pulos transversos, duplos, salto à distância, reverso, mortal e assim por diante. Dando continuidade,  já passados alguns meses, começou a ensinar as lições mais avançadas, que incluíam, saltos triplos e os múltiplos inversos mortais. A onça diligente dedicada foi aprendendo com maestria todas as aulas, até então perceber que o Gato estava repetindo as atividades e não mais aprendendo algo novo, resolveu capitular seu plano.
A onça mais entediada com as repetições das aulas, impaciente e confiante aproveitou a situação em que estavam próximos a um riacho, lançou um desafio para o Gato.
- Compadre Gato, eu já aprendi toda a lição. Desafio o senhor para ver quem de nós consegue com um pulo mais rápido e certeiro, alcançar aquele lagarto que está tomando sol naquela pedra, lá no meio do riacho.
Sem questionar, dando nos ombros, o gato disse:
 - Tudo bem!
Ardilosamente a onça planejava saltar logo depois do gato e assim agarrá-la juntamente com o lagarto e ter duas refeições. O Gato não teria chance de se defender porque agora sabia todos os pulos e podia antecipar seus movimentos.
O gato como um furacão lançou-se  e deu um grande salto. A onça pulou quase em seguido atrás. O gato antes de atingir o alvo, deu uma olhada periférica e percebeu a aproximação pelo alto da onça. O gato rebateu na pedra e com um salto único e fantástico, pulou de volta e sobre a onça, caindo novamente onde tinha partido. O gato do mato começou a dar gargalhada e a onça que sem saber o que acontecera e atordoada , machucada com o choque na pedra, não conseguindo nem atingir o lagarto que fugiu assim que se alertou com todo o movimento.
- Que sacanagem foi essa seu Gato vigarista! Esse pulo você não me ensinou! – falou furiosa a onça aos grunhidos e de patas cerradas.

- Ah! Ah! Ah! Ah! Esse pulo é o “Pulo-do-Gato”. Esse pulo não ensino a ninguém. Esse pulo é só meu.