A ESTRUTURAÇÃO QUÍMICA ATÔMICA HUMANA
Faz apenas nove décadas que o cientista, pai da física nuclear, Ernest Rutheford, através de seu auxiliares, desenvolveram pesquisas onde pudessem comprovar cientificamente em laboratório do modelo atômico dos elementos, que até hoje pouco se atualizou. Para compreender determinados feno
ômenos químicos e físicos, chegaram ao consenso da atual configuração eletrônica dos átomos, onde haveria um enorme vazio entre a núvem de elétrons em movimentos, em torno de um minúsculo núcleo formado por partículas conhecidas como prótons e neutrons.
Na tabela periódica, são classificados quase todos os elementos químicos que compõe a matéria em nosso planeta e também outros elementos químicos artificiais, fabricados pelo homem durante a era nuclear.
Sem aprofundar em fundamentos químicos, vamos analisar o primeiro elemento da tabela, composto apenas por um elétron circulando elipticamente em volta do diminuto núcleo, de número atômico nº um, conhecido como hidrogênio. É o átomo mais simples que encontramos e se encontra até mesmo isolado fora da órbita do nosso planeta, no espaço. Este átomo é o menor de todos e tem a propriedade de atravessar os materiais sólidos, como o aço por exemplo, que quando combinado com um outro átomo do mesmo elemento, forma o gás hidrogênio. Essa ligação depende da pressão e temperatura, tais como o que acontece durante uma soldagem. Quando em forma de molécula de gás hidrogênio, aumenta de tamanho e desenvolve uma reação suficiente para provocar uma ruptura na estrutura cristalina, formando uma bolsa dentro do material do aço. Na solda, durante o resfriamento, ele é o responsável pela trinca conhecida terminologicamente por "fissura à frio".
O ponto mais importante para reflexão agora é que a matéria é um imenso vazio e sua aparente solidez são devido aos campos formados pelas forças dos vários elementos que compõem a matéria. Essa força impede nossa transposição física da matéria, onde da expressão da física, que dois corpos não ocupam um mesmo lugar. Da lei de Newton onde diz," Forças de Contato Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Surgem forças contrárias ao contato ou interpenetração entre os corpos";
Agora observe o que foi dito com relação aos movimentos da matéria na experiência dos trabalhos de Allan Kardec, nosivros dos médiuns no século XIX, bem antes das formulações do modelo atômico na década de 10 :
Movimentos de Suspensão Ruídos, Aumento e Diminuição de Peso dos Corpos
72.
Demonstrada a existência dos Espíritos, pelo raciocínio e pelos fatos, e a
possibilidade de agirem sobre a matéria, devemos agora saber como se efetua
essa operação e como eles agem para mover as mesas e outros corpos inertes.
O
pensamento que naturalmente nos ocorre é aquele que tivemos. Como os Espíritos
o contestaram e nos deram uma explicação inteiramente diversa, que não podíamos
esperar, é evidente que sua teoria não provinha de nós. Ora, a idéia que
tivemos, todos a podiam ter, como nós. Quanto à teoria dos Espíritos , não
acreditamos que pudesse jamais ocorrer a alguém. Facilmente se reconhecerá
quanto é superior a nossa, embora mais simples, porque oferece a solução de
numerosos outros fatos que não tinham uma explicação satisfatória.
73.
O conhecimento da natureza dos Espíritos, de sua forma humana, das propriedades
semimateriais do perispírito, da ação mecânica que podem exercer sobre a
matéria, e o fato de nas aparições as mãos fluídicas e até mesmo tangíveis
pegarem objetos e os carregarem, naturalmente nos faziam crer que o Espírito se
servisse das mãos para girar a mesa e que a erguesse pelos braços. Mas, nesse
caso, qual a necessidade de médiuns? O Espírito não poderia agir sozinho?
Porque o médium que freqüentemente pousa as mãos na mesa em sentido contrário
ao do movimento, ou mesmo nem chega a pousá-las, não pode evidentemente ajudar
o Espírito por ação muscular. Ouçamos primeiro os Espíritos que interrogamos a
respeito.
74.
As respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito São Luís e depois
confirmadas por muitos outros.
1. O fluido universal é uma emanação da Divindade?
— Não.
2. É uma criação da Divindade?
— Tudo foi criado, exceto Deus.
3. O fluido universal é o próprio elemento universal?
— Sim, é o princípio elementar de todas as coisas.
4. Tem alguma relação com o fluido elétrico, cujos
efeitos conhecemos?
— É o seu elemento.
5. Como o fluido universal se nos apresenta na sua
maior simplicidade?
—
Para encontrá-lo na simplicidade absoluta seria preciso remontar aos Espíritos
puros. No vosso mundo ele esta sempre mais ou menos modificado, para formar a
matéria compacta que vos rodeia. Podeis dizer, entretanto, que ele mais se
aproxima dessa simplicidade no fluido que chamais fluido magnético
animal.
6. Afirmou-se que o fluido universal é a fonte da
vida; seria ao mesmo tempo a fonte da inteligência?
— Não; esse fluido só anima a matéria.
7. Sendo esse fluido que forma o perispírito, parece
encontrar-se nele numa espécie de condensação que de certa maneira o aproxima
da matéria propriamente dita?
— De certa maneira, dizeis bem, porque ele não
possui todas as propriedades da matéria e a sua condensação é maior ou menor
segundo a natureza dos mundos.
8. Como um Espírito pode mover um corpo sólido?
— Combinando uma porção de fluido universal com o
fluido que desprende do médium apropriado a esses efeitos.
9. Os Espíritos erguem a mesa com a ajuda dos braços,
de alguma maneira solidificada?
—
Esta resposta não te dará ainda o que desejas. Quando uma mesa se move é porque
o Espírito evocado tirou do fluido universal o que anima essa mesa de uma vida
factícia. Assim preparada, o Espírito a atrai e a movimenta, sob a influência
do seu próprio fluido, emitido pela sua vontade. Quando a massa que deseja
mover é muito pesada para ele, pede a ajuda de outros Espíritos da sua mesma
condição. Por sua natureza etérea, o Espírito da sua mesma condição. Por sua
natureza etérea, o Espírito propriamente dito não pode agir sobre a matéria
grosseira sem intermediário, ou seja, sem o liame que o liga à matéria. Esse
liame, que chamas perispírito, oferece a chave de todos os
fenômenos espíritas materiais. Creio me haver explicado com bastante clareza
para fazer-me compreender.
Nota
de Kardec: Chamamos a atenção para a primeira
frase: “Esta resposta não te dará ainda o que desejas” . O Espírito
compreendera perfeitamente que todas as questões anteriores só tinham por fim
chegar a essa. E se refere ao nosso pensamento, que esperava, com efeito, outra
resposta, que confirmasse a nossa idéia sobre a maneira por que o Espírito
movimenta as mesas.
10. Os Espíritos que ele chama para ajudá-lo são
inferiores a ele? Estão sob as suas ordens?
— Quase sempre são seus iguais e acodem
espontaneamente.
11. Todos os Espíritos podem produzir esses fenômenos?
— Os Espíritos que produzem esses efeitos são
sempre inferiores, ainda não suficientemente livres das influencias materiais.
12. Compreendemos que os Espíritos superiores não se
ocupem dessas coisas, mas perguntamos se, sendo mais desmaterializados., teriam
o poder de fazê-lo, se o quisessem?
— Eles possuem a força moral, como os outros
possuem a força física. Quando necessitam desta última, servem-se dos que a
possuem. Já não dissemos que eles se servem dos Espíritos inferiores como vós
dos carregadores?
Nota
de Kardec: – A densidade do perispírito, se assim
se pode dizer, varia de acordo com a natureza dos mundos, como já foi ensinado.
(O Livro dos Espíritos, nº 94 e 187). Parece variar também no mesmo mundo,
segundo os indivíduos. Nos Espíritos moralmente adiantados ele é mais sutil e
se aproxima do perispírito das entidades elevadas; nos Espíritos inferiores
aproxima-se da matéria e é isso que determina a persistência das ilusões da
vida terrena nas entidades de baixa categoria, que pensam e agem como se ainda
estivessem na vida física, tendo os mesmos desejos e quase poderíamos dizer a
mesma sensualidade. Essa densidade maior do perispírito, estabelecendo maior
afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais aptos para as
manifestações físicas. È por essa razão que um homem refinado, habituado aos
trabalhos intelectuais, de corpo frágil e delicado, não pode.erguer pesados
fardos como um carregador. A matéria de seu corpo é de alguma maneira menos
compacta, os órgãos são menos resistentes, o fluido nervoso menos intenso. O
perispírito é para o Espírito o que o corpo é para o homem. Sua densidade esta
na razão da inferioridade do espírito. Essa densidade, portanto, substitui nele
a força muscular, dando-lhe maior poder sobre os fluidos necessários às
manifestações do que o possuem os de natureza mais etérea. Se um Espírito
elevado quer produzir esses efeitos, faz o que fazem entre nós os homens
refinados: incumbe disso um Espírito carregador
.
13. Se bem compreendemos o que disseste, o princípio
vital provém do fluido universal. O Espírito tira desse fluido o envoltório
semi material do seu perispírito, e é por meio desse fluido que ele age sobre a
matéria inerte. É isso?
— Sim, quer dizer que ele anima a matéria de uma
vida factícia, artificial: a matéria se impregna de vida animal. A mesa que se
move sob as vossas mãos vive como um animal e obedece por si mesma ao ser
inteligente. Não é o Espírito que a empurra como se fosse um fardo. Quando ela
se eleva, não é o Espírito que a ergue com os braços; é a mesa animada que
obedece à impulsão dada pelo Espírito.
14. Qual o papel do médium nesse fenômeno?
—
Eu já disse que o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal do
Espírito. É necessária a união de ambos, do fluido animalizado e do fluido
universal, para dar a vida à mesa. Mas não se deve esquecer que essa vida é
apenas momentânea, extinguindo-se com a mesma ação, e muitas vezes antes que a
ação termine, quando a quantidade de fluido já não é mais suficiente para
animar a mesa.
15. O Espírito pode agir sem o concurso do médium?
— Pode agir à revelia do médium. Isso quer dizer
que muitas pessoas ajudam os Espíritos na realização de certos fenômenos, sem o
saberem. O Espírito tira dessas pessoas, como de uma fonte, o fluido animal de
que necessita. É dessa maneira que o concurso de um médium, como o entendes,
nem sempre é necessário, o que acontece sobretudo nos fenômenos espontâneos.
16. A mesa animada age com inteligência? Pensa?
—
É como o bastão com que fazes um sinal inteligente a alguém. Não pensa, mas a
vitalidade de que esta animado lhe permite obedecer ao impulso de uma
inteligência. É bom saber que a mesa em movimento não se torna Espírito e
não tem pensamento nem vontade.
Nota
de Kardec: Servimo-nos freqüentemente de uma
expressão semelhante na linguagem usual: de uma roda que gira com velocidade
dizemos que está animada de um movimento rápido.
17. Qual a causa preponderante na produção deste
fenômeno: o Espírito ou o fluido?
— O Espírito é a causa e o fluido é o seu
instrumento: ambos são necessários.
18.
Qual o papel da vontade do médium?
— Chamar os Espíritos e ajudá-los a impulsionar os fluidos.
18a. É indispensável à
vontade do médium?
— Ela aumenta a potência, mas nem sempre é
necessária, desde que pode haver o movimento, malgrado ou contra a vontade do
médium, o que é uma prova da existência de uma causa independente.
Observação
– Nem sempre é necessário o contato das
mãos para mover um objeto. Ele basta, quase sempre, para dar o primeiro
impulso. Iniciado o movimento, o objeto pode obedecer à vontade sem contato
material. Isto depende da potencia mediúnica ou da natureza dos Espíritos.
Aliás, o primeiro contato nem sempre é necessário: temos a prova disso nos
movimentos e deslocamentos espontâneos, que ninguém pensou em provocar.
19.
Por que motivos não podem todos produzir o mesmo efeito e todos os médiuns não
tem a mesma potencia?
—
Isso depende do organismo e da maior ou menor facilidade na combinação dos
fluidos, e ainda da maior ou menor simpatia do médium com os Espíritos que nele
encontram a potencia fluídica necessária. Esta potencia, como a dos
magnetizadores, é maior ou menor. Encontramos, nesse caso, pessoas inteiramente
refratárias, outras em que a combinação só se verifica pelo esforço da sua
própria vontade, e outras, enfim, em que ela se dá tão natural e facilmente que
nem a percebem, servindo de instrumentos sem o saberem, como já dissemos. (ver
a seguir, o capítulo sobre as manifestações espontâneas)
Nota
de Kardec – O magnetismo é, não há dúvida, o
princípio desses fenômenos, mas não como geralmente se pensa. Temos a prova
disso na existência de poderosos magnetizadores que não movimentam uma mesinha
de centro, e de pessoas que não sabem magnetizar, até mesmo crianças, que
bastam pousar os dedos numa mesa pesada para que ela se agite. Logo, se a
potencia mediúnica não depende da magnética, é que tem outra causa.
20.As
pessoas ditas elétricas podem ser consideradas médiuns?
—
Essas pessoas tiram de si mesmas o fluido necessário à produção dos fenômenos e
podem agir sem auxilio dos Espíritos. Não são propriamente médiuns, no sentido
exato da palavra. Mas pode ser também que um Espírito as assista e aproveite as
suas disposições naturais.
Nota
de Kardec – Essas pessoas seriam como os
sonâmbulos, que podem agir com ou sem o auxilio dos Espíritos. (ver no capítulo
XIV, Os Médiuns, a parte relativa aos sonâmbulos)
21.
Ao mover os corpos sólidos, os Espíritos penetram na substância dos mesmos ou
permanecem fora dela?
— Fazem uma coisa e outra. Já dissemos que a
matéria não é obstáculo para os Espíritos, que tudo penetram. Uma porção do seu
perispírito se identifica, por assim dizer, com o objeto em que penetra?
22.
Como o Espírito bate? Com um objeto material?
—
Não, como não usa os braços para erguer a mesa. Sabes que ele não dispõe de
martelos. Seu martelo é o fluido combinado que ele põe em ação, pela sua
vontade, para mover ou bater. Quando move, a luz vos transmite a visão do
movimento; quando bate, o ar vos transmite o som.
23.
Concebemos isso quando se trata de um corpo duro. Mas, como pode nos fazer
ouvir ruídos ou sons através do ar?
—
Desde que age sobre a matéria, pode agir tanto sobre o ar como sobre a mesa.
Quanto aos sons articulados, pode imitá-los como a todos os demais ruídos.
24.
Dizes que o espírito não usa as mãos para mover a mesa, mas em certas
manifestações apareceram mãos a dedilharem teclados, movimentando as teclas e
produzindo sons. Não pareceria, nesse caso, que as teclas eram movimentadas
pelos dedos? E a pressão dos dedos não é também direta e real, quando a
sentimos em nós mesmos, quando essas mãos deixam marcas na pele?
— Não poderias compreender a natureza dos Espíritos
e sua maneira de agir por meio dessas comparações, que dão apenas uma idéia
incompleta. É um erro querer sempre assemelhar às vossas, as maneiras deles
procederem. Os processos dos Espíritos devem estar em relação com a sua
organização. Já não dissemos que o fluido do perispírito penetra na matéria e
se identifica com ela, dando-lhe uma vida factícia? Pois bem, quando o Espírito
movimenta as teclas com os dedos ele o faz realmente. Mas não é pela força
muscular que faz a pressão. Ele anima a tecla, como faz com a mesa, e a tecla
obedece e vibra a corda. Neste caso também ocorre um fato de difícil
compreensão para vós. É que certos Espíritos são ainda tão atrasados e de tal
forma materiais, em comparação com os Espíritos elevados, que conservam as
ilusões da vida terrena e julgam agir como quando estavam no corpo. Não
percebem a verdadeira causa dos efeitos que produzem, como um pobre homem não
compreende a teoria dos dons que pronuncia. Se perguntares como tocam o piano,
dirão que com os dedos, pois assim creem fazer. Produzem o efeito de maneira
instintiva, sem o saberem, e não obstante pela sua vontade. Quando falam e se
fazem ouvir, é a mesma coisa.
Nota
de Kardec: Compreende-se, assim, que os
Espíritos podem fazer tudo quanto fazemos, mas pelos meios correspondentes ao
seu organismo. Algumas forças que lhes são próprias substituem os nossos
músculos, da mesma maneira que a mímica substitui, nos mudos, a palavra que
lhes falta.
25.
Entre os fenômenos citados como provas da ação de uma potência oculta, há os
que são evidentemente contrários a todas as leis conhecidas da Natureza. A
dúvida, então, não parece justa?
—
Acontece que o homem está longe de conhecer todas as leis da Natureza: se as
conhecesse, seria Espírito superior. Cada dia, entretanto, oferece um
desmentido aos que tudo pensam saber pretendendo impor limites à Natureza, e
nem por isso eles se mostram menos orgulhosos. Desvendando incessantemente
novos mistérios, Deus adverte ao homem que deve desconfiar das suas próprias
luzes, pois chegará um dia em que a ciência do mais sábios será
confundida. Não vê todos os dias os exemplos de corpos dotados de movimento
capazes de superar a força de gravitação? À bala de um canhão não supera
momentaneamente essa força? “Pobres homens que vos considerais tão sábios, cuja
tola vaidade é a todo instante confundida, sabei que sois ainda muito
pequeninos”!
Essas explicações são claras, categorias,
sem ambigüidades. Delas ressalta o ponto capital de que os fluidos universais,
que encerra o princípio da vida, é o agente principal das manifestações e que
esse agente recebe seu impulso do Espírito, quer seja encarnado ou errante. O
fluido condensado constitui o perispírito ou invólucro semi-material do Espírito Na encarnação, o perispírito está ligado à matéria do corpo; na erraticidade está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito está mais ou menos fundida com a matéria corpórea, mais ou menos colada a ela, se assim podemos dizer.
O texto acima é apenas parte do trabalho científico formulado sobre os fenômenos extrafísicos da matéria, se assim podemos entender, pois em contrapartida, são estes considerados pelos espíritos como fenômenos existentes no mundo do universo e que é ainda para nós desconhecidos.
Não conseguimos ainda lidar com nossos sentimentos mais primitivos,muito menos o com o que o universo maior possa nos ensinar.