MARIA QUER PASSEAR
"Emmanuel (psicografado pelo querido Chico Xavier) escreveu: “Nós, seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais. Na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Portanto, quem maltrata um animal é alguém que não aprendeu a amar.” O fator principal para a evolução de qualquer ser é o amor."
Acordo com os latidos desesperados e incessantes dos cachorros. Levanto e subo até o andar de cima e olho da varanda para o canil. Era a cachorra rottweiler Maria que uivava e chorava desesperadamente e escandalosamente. Corria de um lado para outro pela cerca de alombrado de uns 20 metros de largura e 2 metros de altura com um portão acima do terreno um pouco íngreme. Sem entender ainda o que estava acontecendo, percebi que o carro não estava na garagem e o seu companheiro também rottweiler de nome Sadan não estava no canil. Ela olhou-me fixamente nos olhos e olhou em direção a coleira do tipo enforcador que estava pendurada no pilastra da varanda. Uivava e chorava bastante nervosa. Repetiu isso mais duas vezes. Caramba e agora? Ela correu a rampa acima e voltou no mesmo lugar. Olhou para mim fixamente e depois para enforcador por 3 segundos. Não demorei muito para entender que ela queria passear e o desespero é que seu companheiro já tinha sido levada pela sua dona e se ela pensasse como nós, deve estaria estar pensando: - "Tenho que ir rápido atrás para passear também, minha dona esqueceu de mim".
Ela vendo minha inércia,eu extasiado, correu subindo a rampa até o portão e com impulso extremo se pendurou com as patas dianteiras sobre o portão bastante alto e com outro impulso das garras das patas traseiras no portão, ela conseguiu pular. Não precisa eu dizer qual a minha reação. Corri para dentro e fechei a porta balcão e fiquei olhando pelo vidro. Ela ficou sem reação e sem para onde ir e de súbito, observei que ela mesma percebeu que tinha feito algo errado: O de pular o portão do canil. Então ela quis voltar, mas encontrou-o fechado. Corri e abri o portão e sai da frente para que ela entrasse. Quando ela entrou, só amansou quando eu ralhei para ela ficar quieta.
Confesso que fiquei perplexo. Quando ela olhava para mim por alguns segundos e em seguida para o enforcador, era como que quisesse que eu entendesse. Tinha alguma forma de transmissão de pensamento primitivo.
Situação análogo, estava entrando pelo portão de uma empresa em um canteiro de obras e passei por um amigo que estava fiscalizando o trabalho sendo executado. Com o som do carro ligado pensei neste momento, porque meu amigo que toca saxofone não traz seu instrumento musical nas cidades onde está trabalhando, já que viaja tanto e seu instrumento fica lá abandonado, enferrujando. Eu estacionei o carro e fui falar com ele. Antes mesmo que eu o cumprimentasse:
- Meu amigo, quando você passou por mim, pensei porque eu não trago aquele saxofone em vez de ficar lá parado, enferrujando sem uso.
- kkkkk!! - comecei a dar risada.
- O que foi, disse alguma besteira?
- Não. Você não vai acreditar. É que quando eu passei por aqui de carro estava pensando exatamente como mencionou. - Expliquei-o e ele bateu nas minhas costas e começou a rir também.
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