Tecnologia e Espiritualidade

sábado, 23 de agosto de 2014

JESUS E OS ELEMENTARES



Em Mateus 8, encontramos:
23 Entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
24 De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas inundavam o barco. Jesus, porém, dormia.
25 Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Senhor, salva-nos! Vamos morrer!"
26 Ele perguntou: "Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?" Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e fez-se completa bonança.
27 Os homens ficaram perplexos e perguntaram: "Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?"
Em Marcos 4 encontramos:
35 Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos: "Vamos para o outro lado".
36 Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim como estava. Outros barcos também o acompanhavam.
37 Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o barco, de forma que este ia se enchendo de água.
38 Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: "Mestre, não te importas que morramos?"
39 Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se! Acalme-se!" O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.
40 Então perguntou aos seus discípulos: "Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?"
41 Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: "Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?"
Em Lucas 8, encontramos:
22 Certo dia Jesus disse aos seus discípulos: "Vamos para o outro lado do lago". Eles entraram num barco e partiram.
23 Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande perigo.
24 Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Mestre, Mestre, vamos morrer!"
25 Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo.
"Onde está a sua fé?", perguntou ele aos seus discípulos.
Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: "Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?"

              Jesus certamente repreendeu alguém. Este alguém eram a água e o vento. E eles o obedeceram imediatamente.  E questionou a falta de fé dos discípulos. Como que eles não compreendiam tal fenômeno.
               Seriam seres elementais, o sujeito da ação repressora?
       Assim sendo,podemos citar como exemplo de seres elementais os gnomos (elementais da terra), as sílfides (elementais do ar, as salamandras (elementais do fogo), entre outros, que desempenham papéis específicos no equilíbrio da vida da matéria em si. Em geral estes entes são desfeitos ao concluírem sua tarefa, mas alguns subsistem ate que, por não estarem vivificados pelo impulso que os criou se "dissolvam" em sua substância de origem.
Ha seres elementais constituídos artificialmente pelo homem (encarnado ou não), ou por outras entidades autoconscientes, por meio da forca do pensamento ou do desejo." ...                 
 "Como os seres elementais são corporificações da substancia dos mundos das formas, estão sujeitos a impulsos involutivos, devido as forcas caóticas profundamente infiltradas nos planos materiais na presente fase da Terra. Sua participação nos trabalhos de magia engendrados pelos pelo homem evidencia esse fato. ... "
           Veremos o que dizem os espíritos no Livro dos Espíritos a este respeito:
Podemos citar, por exemplo: Na Revista Espírita de 1859, o Espírito Erasto, ao responder algumas perguntas de Kardec sobre o tema, explica que há Espíritos encarregados por Deus de lidar com as forças da Natureza. Em edição da mesma revista do mês de março do ano de 1860, consta uma mensagem psicografa pela Sra. Boyer, de autoria de "Hettani", que se identifica como sendo "um dos Espíritos que presidem a formação das flores". Hettani diz que são milhares os espíritos de sua categoria e que eles também estão sujeitos a Lei de Evolução.
          Após a publicação dessa mensagem, Kardec um tanto quando desconfiado, resolve fazer as seguintes perguntas ao Espírito de São Luis: - Este Espírito é chamado Hettano; como ocorre que ele não tenha um nome e que jamais encarnou? R. É uma ficção.                     O Espírito não preside, de um modo particular, à formação das flores; o Espírito elementar, antes de passar para a série animal, dirige a ação fluídica na criação do vegetal; este não está ainda encarnado; mas não age senão sob a direção de inteligências mais elevadas, tendo já vivido bastante para adquirir a ciência necessária à sua missão. Foi um destes que se comunicou; ele vos fez uma mistura poética da ação das duas classes de Espíritos que agem na criação vegetal.

3. Este Espírito não tendo vivido ainda, mesmo na vida animal, como ocorre que seja tão poético?
R. Relede.
4. Assim o Espírito que se comunicou não é o que habita e anima a flor?
R. Não, não; eu vos disse bem claramente: ele guia.
5. Este Espírito que nos falou foi encarnado? R. Foi.
6. O Espírito que dá a vida às plantas e às flores, tem um pensamento, a inteligência de seu eu?
R. Nenhum pensamento, nenhum instinto.

        Fazendo-se uma analise do dialogo entre Kardec e o Espírito de São Luis, notamos que na terceira pergunta o Codificador não havia entendido muito bem a elucidação feita pelo Espírito. Entretanto com a decorrer do diálogo o entendimento fora se tornando mais claro
        Com base nessa conversa, entende-se que o Espírito que se comunicou como o gênio das flores na realidade já havia encarnado antes e, na realidade, dirigia espíritos bastante elementares (elementares, de simples, primário, rudimentar - e não no sentido esotérico de essência "elementais”). Esses espíritos bastante rudimentares equivaleriam o que na Codificação Espírita são referenciados por espíritos da natureza, e que na Escala Espírita contida no Livro dos Espíritos, é denominado por Espíritos zombeteiros.
       A Doutrina Espírita, portanto, prima pela simplicidade. Mas infelizmente nós aprendizes repetentes da escola da vida, não desistimos de complicar e de entrar pela porta ampla da ficção ou do Esquisoterismo.
       Sobre o Livro dos Espíritos (LE), podemos destacar:
       Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus. (LE 536)
       Os fenômenos da Natureza às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos, entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da Natureza. (LE 536 a)
        Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos. Os Espíritos são encarregados de exercer certa influência sobre os elementos da Natureza para os agitar, acalmar e dirigir. (LE 536 b)
        É destituída de fundamento e está muito aquém da verdade a crença dos antigos que consideravam os Espíritos como divindades com atribuições especiais, sendo que uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc. (LE 537)
Os Espíritos que presidem aos fenômenos geológicos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que receberemos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos melhor.  (LE 537 a)
       Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza não são seres à parte na criação. São Espíritos que foram encarnados como nós ou que o serão. (LE 538)
Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza pertencem às ordens superiores ou às inferiores da hierarquia Espírita, conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens. (LE 538 a)
        A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de massas inumeráveis de Espíritos, que se reúnem para produzi-los. (LE 539)
Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam uns com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, e outros por efeito de instintivo ou irrefletido impulso. (LE 540)
       Os animais de ínfima ordem, que fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos, executam essas obras provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus. Há aí um fim providencial e essa transformação da superfície do globo é necessária à harmonia geral. (LE 540)
       Os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material.             Depois, poderão dirigir as do mundo moral. (LE 540)
Tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o nosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto! (LE 540)
Conclusão:
       Não pode haver dúvidas sobre o papel que os Espíritos desempenham nos fenômenos da Natureza. Ou será que pode haver?!
Na questão 538 vemos que os Espíritos que exercem esses fenômenos foram encarnados como nós ou que o serão. Como assim: “ou que o serão”? Quer dizer que entre a animalidade e o reino hominal existem intermediários espirituais? Será que têm fundamento as histórias dos elementais, gnomos, fadas, duendes, silfos, nereidas, elfos, sátiros?
     Como curiosidade destacamos um trecho do capítulo 50 da obra Nosso Lar, de André Luiz psicografada por Francisco Cândido Xavier:  

“Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa, comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não desamparasse.
Aconteceu, então, o que não poderia esperar.
Passados vinte minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa, alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que atendia, sorrindo:
- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro.
Não cabia em mim de contentamento.
A mensageira do bem fixou o quadro, compreendeu a gravidade do momento e acrescentou:
- Não temos tempo a perder.
 Antes de tudo, aplicou passes de reconforto ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram como por encanto. Em seguida, convidou-me com decisão:
- Vamos à Natureza.
Acompanhei-a sem hesitação, e ela, notando-me a estranheza, acentuou:
- Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se alinhavam enormes frondes, Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. Imensamente surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.
E, à vista da minha surpresa, rematou:
- Como vê, nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se há quem necessite aprender, há quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a Providência. O único desventurado, na obra divina, é o espírito imprevidente, que se condenou às trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos poros.
O enfermo experimentou melhoras sensíveis. Pela manhã, cedo, o médico observou, extremamente surpreendido:
 - Verificou-se esta noite extraordinária reação! Verdadeiro milagre da Natureza!”




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