JESUS E OS ELEMENTARES
Em Mateus 8,
encontramos:
23 Entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
24 De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de
forma que as ondas inundavam o barco. Jesus, porém, dormia.
25 Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Senhor, salva-nos!
Vamos morrer!"
26 Ele perguntou: "Por que vocês estão com tanto medo, homens de
pequena fé?" Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e
fez-se completa bonança.
27 Os homens ficaram perplexos e perguntaram: "Quem é este que
até os ventos e o mar lhe obedecem?"
Em Marcos 4
encontramos:
35 Naquele dia, ao anoitecer, disse ele aos seus discípulos:
"Vamos para o outro lado".
36 Deixando a multidão, eles o levaram no barco, assim como estava.
Outros barcos também o acompanhavam.
37 Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o
barco, de forma que este ia se enchendo de água.
38 Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro.
Os discípulos o acordaram e clamaram: "Mestre, não te importas que
morramos?"
39 Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar:
"Aquiete-se! Acalme-se!" O vento se aquietou, e fez-se completa
bonança.
40 Então perguntou aos seus discípulos: "Por que vocês estão com
tanto medo? Ainda não têm fé?"
41 Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: "Quem é
este que até o vento e o mar lhe obedecem?"
Em Lucas 8,
encontramos:
22 Certo dia Jesus disse aos seus discípulos: "Vamos para o
outro lado do lago". Eles entraram num barco e partiram.
23 Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte
vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande
perigo.
24 Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Mestre, Mestre,
vamos morrer!"
25 Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo
se acalmou e ficou tranquilo.
"Onde está a sua fé?", perguntou ele aos seus discípulos.
Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: "Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?"
"Onde está a sua fé?", perguntou ele aos seus discípulos.
Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: "Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?"
Jesus certamente repreendeu alguém. Este alguém eram a
água e o vento. E eles o obedeceram imediatamente. E questionou a falta de fé dos discípulos.
Como que eles não compreendiam tal fenômeno.
Seriam seres elementais, o sujeito da ação repressora?
Assim sendo,podemos citar
como exemplo de seres elementais os gnomos (elementais da terra), as sílfides
(elementais do ar, as salamandras (elementais do fogo), entre outros, que
desempenham papéis específicos no equilíbrio da vida da matéria em si. Em geral
estes entes são desfeitos ao concluírem sua tarefa, mas alguns subsistem ate
que, por não estarem vivificados pelo impulso que os criou se
"dissolvam" em sua substância de origem.
Ha seres elementais
constituídos artificialmente pelo homem (encarnado ou não), ou por outras
entidades autoconscientes, por meio da forca do pensamento ou do desejo."
...
"Como os seres elementais são corporificações da substancia dos mundos das formas, estão sujeitos a impulsos involutivos, devido as forcas caóticas profundamente infiltradas nos planos materiais na presente fase da Terra. Sua participação nos trabalhos de magia engendrados pelos pelo homem evidencia esse fato. ... "
"Como os seres elementais são corporificações da substancia dos mundos das formas, estão sujeitos a impulsos involutivos, devido as forcas caóticas profundamente infiltradas nos planos materiais na presente fase da Terra. Sua participação nos trabalhos de magia engendrados pelos pelo homem evidencia esse fato. ... "
Veremos o que dizem os
espíritos no Livro dos Espíritos a este respeito:
Podemos citar, por exemplo: Na Revista Espírita de
1859, o Espírito Erasto, ao responder algumas perguntas de Kardec sobre o tema,
explica que há Espíritos encarregados por Deus de lidar com as forças da
Natureza. Em edição da mesma revista do mês de março do ano de 1860, consta uma
mensagem psicografa pela Sra. Boyer, de autoria de "Hettani", que se
identifica como sendo "um dos Espíritos que presidem a formação das
flores". Hettani diz que são milhares os espíritos de sua categoria e que
eles também estão sujeitos a Lei de Evolução.
Após a publicação dessa mensagem, Kardec um tanto
quando desconfiado, resolve fazer as seguintes perguntas ao Espírito de São
Luis: - Este Espírito é chamado Hettano; como ocorre que ele não tenha um nome
e que jamais encarnou? R. É uma ficção. O Espírito não preside, de um modo
particular, à formação das flores; o Espírito elementar, antes de passar para a
série animal, dirige a ação fluídica na criação do vegetal; este não está ainda
encarnado; mas não age senão sob a direção de inteligências mais elevadas,
tendo já vivido bastante para adquirir a ciência necessária à sua missão. Foi
um destes que se comunicou; ele vos fez uma mistura poética da ação das duas
classes de Espíritos que agem na criação vegetal.
3. Este Espírito não tendo vivido ainda, mesmo na
vida animal, como ocorre que seja tão poético?
R. Relede.
4. Assim o Espírito que se comunicou não é o que
habita e anima a flor?
R. Não, não; eu vos disse bem claramente: ele guia.
5. Este Espírito que nos falou foi encarnado? R.
Foi.
6. O Espírito que dá a vida às plantas e às flores,
tem um pensamento, a inteligência de seu eu?
R. Nenhum pensamento, nenhum instinto.
Fazendo-se uma analise do dialogo entre Kardec e o
Espírito de São Luis, notamos que na terceira pergunta o Codificador não havia
entendido muito bem a elucidação feita pelo Espírito. Entretanto com a decorrer
do diálogo o entendimento fora se tornando mais claro
Com base nessa conversa, entende-se que o Espírito
que se comunicou como o gênio das flores na realidade já havia encarnado antes
e, na realidade, dirigia espíritos bastante elementares (elementares, de
simples, primário, rudimentar - e não no sentido esotérico de essência
"elementais”). Esses espíritos bastante rudimentares equivaleriam o que na
Codificação Espírita são referenciados por espíritos da natureza, e que na
Escala Espírita contida no Livro dos Espíritos, é denominado por Espíritos
zombeteiros.
A Doutrina Espírita, portanto, prima pela
simplicidade. Mas infelizmente nós aprendizes repetentes da escola da vida, não
desistimos de complicar e de entrar pela porta ampla da ficção ou do
Esquisoterismo.
Sobre o Livro dos Espíritos (LE), podemos destacar:
Tudo tem uma razão de ser e nada
acontece sem a permissão de Deus. (LE 536)
Os fenômenos da
Natureza às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos
casos, entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da
harmonia das forças físicas da Natureza. (LE 536 a)
Deus não exerce ação
direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da
escala dos mundos. Os Espíritos são encarregados de exercer certa influência
sobre os elementos da Natureza para os agitar, acalmar e dirigir. (LE 536 b)
É destituída de
fundamento e está muito aquém da verdade a crença dos antigos que consideravam os Espíritos como divindades com atribuições especiais,
sendo que uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir
ao fenômeno da vegetação, etc. (LE 537)
Os Espíritos que
presidem aos fenômenos geológicos não habitam positivamente a Terra. Presidem
aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em
que receberemos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos
melhor. (LE 537 a)
Os Espíritos que
presidem aos fenômenos da Natureza não são seres à parte na criação. São
Espíritos que foram encarnados como nós ou que o serão. (LE 538)
Os Espíritos que
presidem aos fenômenos da Natureza pertencem às ordens superiores ou às
inferiores da hierarquia Espírita, conforme seja mais ou menos
material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem. Uns mandam, outros
executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim
entre os Espíritos, como entre os homens. (LE 538 a)
A produção de certos
fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de massas inumeráveis de
Espíritos, que se reúnem para produzi-los. (LE 539)
Os Espíritos que
exercem ação nos fenômenos da Natureza operam uns com conhecimento de causa,
usando do livre-arbítrio, e outros por efeito de instintivo ou irrefletido
impulso. (LE 540)
Os animais de ínfima
ordem, que fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos, executam essas obras
provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de
Deus. Há aí um fim providencial e essa transformação da superfície do globo é
necessária à harmonia geral. (LE 540)
Os Espíritos mais
atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham
plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam
em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes.
Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem
alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo
material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. (LE 540)
Tudo serve, tudo se
encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou
por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o nosso acanhado espírito ainda
não pode apreender em seu conjunto! (LE 540)
Conclusão:
Não pode haver
dúvidas sobre o papel que os Espíritos desempenham nos fenômenos da Natureza.
Ou será que pode haver?!
Na questão 538 vemos
que os Espíritos que exercem esses fenômenos foram encarnados como nós ou que o
serão. Como assim: “ou que o serão”? Quer dizer que entre a animalidade e o
reino hominal existem intermediários espirituais? Será que têm fundamento as
histórias dos elementais, gnomos, fadas, duendes, silfos, nereidas, elfos,
sátiros?
Como curiosidade
destacamos um trecho do capítulo 50 da obra Nosso Lar, de André Luiz
psicografada por Francisco Cândido Xavier:
“Concentrei-me em
fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa
encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa,
comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não
desamparasse.
Aconteceu, então, o
que não poderia esperar.
Passados vinte
minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa,
alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que
atendia, sorrindo:
- Ouvi seu apelo, meu
amigo, e vim ao seu encontro.
Não cabia em mim de
contentamento.
A mensageira do bem
fixou o quadro, compreendeu a gravidade do momento e acrescentou:
- Não temos tempo a
perder.
Antes de tudo,
aplicou passes de reconforto ao doente, isolando-o das formas escuras, que se
afastaram como por encanto. Em seguida, convidou-me com decisão:
- Vamos à Natureza.
Acompanhei-a sem
hesitação, e ela, notando-me a estranheza, acentuou:
- Não só o homem pode
receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos
diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das
árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição
nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se alinhavam enormes frondes,
Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a
momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. Imensamente
surpreendido, vi-a indagar da existência de mangueiras e eucaliptos.
Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a
enfermeira explicou:
- São servidores
comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.
E, à vista da minha
surpresa, rematou:
- Como vê, nada
existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se há quem necessite
aprender, há quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a Providência. O
único desventurado, na obra divina, é o espírito imprevidente, que se condenou
às trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em
poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira
e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração
comum e da absorção pelos poros.
O enfermo
experimentou melhoras sensíveis. Pela manhã, cedo, o médico observou,
extremamente surpreendido:
- Verificou-se
esta noite extraordinária reação! Verdadeiro milagre da Natureza!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário