Tecnologia e Espiritualidade: julho 2015

quinta-feira, 23 de julho de 2015




CONFIANÇA

      João foi o discípulo que mais presenciou todos os feitos de Jesus. Inclusive no seu ultimo momento apresentou como filho de sua mãe Maria.
“E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa” (João 19:25-27).
        
         Jesus conhecia tudo que iria acontecer de forma profética. Sua missão corria de forma perigosa e sua fama teria ameaçado a zona de conforto privilegiada dos líderes religiosos judeus. Jesus veio mostrar as novas leis, sintetizando no Amor ao próximo e na reforma íntima. A reencarnação não era bem aceito naquela época  como não é nos dias atuais. Esta repulsa e preocupação é compreendida. Ninguém quer aceitar valores que os colocam em uma situação de desprendimento materiais, morais  e de conquistas,  que nos são muito cobiçados. 
         Há relatos em psicografias de espíritos que viram Jesus na esferas superiores e de que também, existem  missões relevantes de progressos em nossas esferas sendo desencadeadas.
         Através dos detalhes dos fatos de quando Jesus  passou por aqui, conseguimos decifrar de como funciona o intercâmbio das informações trocadas, pela intuição ou por mediunidade entre os planos material e anímico. Certamente Jesus tinha a essência  do mecanismo mediúnico transcendental. É fácil compreender isso atualmente pela observância das leis que Jesus queria relacionar, que conflitavam na época com as leis mosaicas dos judeus, que eram compostas de 613 disposições de ordens . O foco principal aqui, é como a fluência do ensinamento interagia, em contrapartida com a resistência da crença de alguns pontos principais imperativos, ainda que especulativos. A reencarnação é um desses pontos conflitantes. Quem quer se submeter às provas partindo apenas de sua essência mal formada e imperfeita? 
           A natureza humana se forma com a substância de que gerou. A alma se reveste com a aura espiritual e corresponde à um dos diversos corpos que compomos. O núcleo com os genes comportam características sublimes de gerações de mutações morais e subsequentes compostos energéticos individuais. As emoções criam uma impressão profunda que transforma o nosso campo animístico. A emoção transformadora, com poder de impulsionar o ser para as esferas superiores são as emoções que estamos à séculos experimentando, porém junto com elas, seus antagônicos nos jazem  de forma persistentes e avultas. O controle das emoções é o nosso primeiro ponto de partida. Diferenciá-los e controlá-los são o segundo segmento. Precisamos praticar valores que acalmam e refrigeram nossa consciência. É nela que Deus olha o mundo que acreditamos  no nosso íntimo e não existe o meio termo .  É em vão querermos  acreditar naquilo que convenhamos.
         Para punir o mal Deus criou a justiça, para ensinar o amor, permitiu-nos a criação final de sua obra.    




        

segunda-feira, 20 de julho de 2015

   



"WAPTOKWA ZAWRE" (DEUS)

        Todas a s etapas evolutivas da natureza humana ainda se preserva na crosta terrestre. Nosso conhecimento e consciência da vida de modo geral são muito limitadas. E com a modernidade, esses laços se estreitam cada vez mais. Isto é. Ficamos cada vez mais tapados, como um antolho onde nossa visão fica restrita à uma só direção.Entende-se que apenas uma leitura do assunto em questão, não se compara com experiências de causas, vividas e praticadas in loco.         Nas comunidades indígenas, nas regiões do norte e centro oeste, destacamos os xerentes cuja língua nativa, aqü~em, as frase de sua língua também variam com o gênero e número, formando frases diferente para determinados modos como nós também fazemos com a nossa língua. Isso determina que é uma essência linguística natural . Por exemplo: - Ai si picõ ?! (tradução: - Cadê sua esposa?!) Se for colocar na forma pretérita ou passada seria pronunciada diferente. Algumas palavras eu consegui memorizar como câ - água, depró- café, catuzê- mistura, que pode ser carne, bolo, pão ou outro acompanhamento do café("depró"). Biró- milho e nomes de animais diversos. Agora o mais importante que eu queria mencionar. Deus é "Waptokwa Zawre". Sim eles acreditam que existem espíritos perversos, malfazejos, que trazem doenças e incitam brigas entre parentes e amigos. Eles se utilizam de incensos, rezas em línguas muito antigas, em desuso deles mesmos. Artefatos, danças rituais e alguns caso de unguentos, chás e pinturas características. É o Curandeiro da aldeia. Um ancião com conhecimentos misticos herdado de geração a geração por longo tempo. A mim resta naquele contexto, apenas observar sem tirar conclusões. Quem sou para poder discernir naquela época , tamanha discrepância antropológica social.
          Consegue entender tamanha afronta do ser humano? Acreditar que neste ecossistema, em que se encontramos, pois tal se acha que se estivesse em situação igual teria maior capacidade e evolução. Pois pois teria que se despojar da recente situação de conforto que se encontra, onde todo o aparato tecnológico a sua disposição e prazer se encontra pronto e em avanços constantes de desenvolvimento tecnológico. Os aborígenes resta apenas  escandalizar-se com  a aproximação da civilização e não entendiam como os produtos alimentícios estavam expostos em prateleiras prontos para consumo e em embalagens que  só precisaria, como mágica,  de um pedaço de papel para fazer a troca. Fora isso e mais algumas discrepâncias, o homem primitiva vivia de forma similar ao contemporâneo. Formavam famílias de forma idêntica, a maioria de forma monogâmica. Pagavam dotes para o patriarca em troca da filha mais nova.Tinham filhos , educavam e ensinavam a falar.Também faziam as cerimônias de núpcias, as festas comemorativas de época, o preparo dos alimentos,como  a farinha de mandioca, o curau do milho, o cozimento dos alimentos e também descobertas dos  efeitos das ervas, como os venenos e psicotrópicos para eles e para aos animais. Inclusive usavam como artifícios para pescas, onde certas ervas possuem propriedades de alterar as condições físicas e desoxigenação dos rios. E o incrível que eles têm consciência da periodicidade em que podem fazê-lo sustentavelmente, sem causar desequilíbrio do habitat.
            Na natureza Deus ou como conheciam os silvícolas Xerentes, "Waptokwa"(uápitocuá- pronúncia), Senhor e criador de tudo, era o que eles também acreditavam. Acreditavam que colocou dentro de cada ser, uma essência natural , tal cada ser possui uma individualidade ímpar. O exemplo disso pode-se observar noos insetos como o "zãmbu(formiga), que possui vida diferente da "aikte nrã"(minhoca). Ninguém ensina para a formiga o que ele deve fazer e nem para a minhoca, Uma vive organizada e em comunidade cada qual com sua função específica, outra  cega, cavando , aerando, comendo e excretando a terra para tornar fértil.
          Continuando com a lista de exemplos, citamos o "supra kre~ti (vespão) e ao wrãhêpo (barata). Se pesquisarem como se relacionam, ficariam pasmados e com certeza sentiram um sentimento inusitado com relação a repugnância da wrãpêpo. Sentiriam pena, dó desse ser em vez de repugnância.
Funciona assim: a vespa precisa de um hospedeiro para injetar seus óvulos para eclodirem. Pode ser uma "sbi" (aranha), uma barata, ou outros inseto. Só que com a aranha, que é mais comum de encontrar nas vegetações terrestres, a vespa precisa lutar mortalmente e às vezes ela perde a luta. Com a wrãhêpo(barata) é diferente. Ela ferroa a barata com uma quantidade super controlada de veneno, para deixá-la apenas em estado de zumbi, imóvel. Depois vem a etapa seguinte, que é a inoculação das larvas na Blattodea (nome científico da barata(wrãhepo)), que por sua vez vai crescer e se alimentar da sua carcaça viva e estática. Este é o ciclo de vida da vespa. Caçar um hospedeiro para sua prole. Essa é sua essência de vida. Nasceu sem precisar aprender, puro instinto.
           Por fim, isso vale para todos os outro animais, par o castor com suas represas, para o joão-de-barro com suas casinhas, para o besouro bombardeiro com seu jato de água fervente, para o lagarto de deserto com seu espirro de sal de cozinha, entre outros, eles se disponibilizam de conhecimento e técnica nata de sua espécie, que ficaram registrado em algum fragmento em seu DNA. Isso é uma característica de todos os animais, inclusive do homo sapiens.
         - Mas o que o homem já nasceu sabendo sem que precisasse aprender?
          Voltamos ao começo deste texto. Aos autóctones indígenas. Qual a característica principal em todos os primitivos de todo o globo terrestre, inclusive aos mais isolados? A resposta está no "sekwa" (pajé). O curandeiro místico, vidente, comum em todas as aldeias, principalmente às que nunca tiveram contato com qualquer outra civilização ou tripo. Está na sua crença religiosa.
         Antropologicamente então concluímos que todo homem tem dentro de si, a consciência da existência de Deus. Para os indígenas, pode ser representado simbolicamente por um totem, um astro como a lua (animismo: Deus Lua), as estrelas, o sol, ou também algum lugar, como: rio, cachoeira e muitos outros tipos.
         Por isso que todos temos a necessidade de acreditar em alguma divindade, seja qual religião que herdamos ou  simpatizamos-nos com  sectarismos e excentricidades.
         A resposta de tudo, com certeza está na Natureza.